Where's the love?

Adoro ler sobre religiões e tenho um grande respeito por todas, um dia ainda vou colocar aqui todos os pontos positivos que eu vejo em cada uma que eu conheça.
Nesse momento, os espíritas diriam que o espírito da menina Isabella não consegue descansar ou estar em paz.
Eu relutei, acho que fui a última me integrar sobre o que aconteceu. Se começavam a falar na tv eu saia da sala, pulava a página do jornal e passava os olhos nos sites de notícia (viram como eu sou bem informada?). A seicho-no-ie diz que não é bom pra nós ficar falando de tragédias pelo mundo, já ouvi até falar que atrai energias negativas para a casa deixar a tv ligada, por exemplo, no Jornal Nacional.
Quando eu vi, que não teria como fugir das notícias, eu me entreguei, enxi os olhos de lágrimas a cada nova notícia. A mídia nos permitiu entrar dentro do caso, estávamos no bar com a tia minutos após a tragédia, estávamos na casa da mãe, percorremos cena por cena começando pela ida ao supermercado. Há quem diga que esse bombardeio de informações é exagero, que os números de mortos da dengue não chamariam tanto atenção ou que o Romário se aposentar já estava mais que na hora.
EXAGERO?
Sabemos que o país está "acostumado" com a violência, está moldado com essa nova forma de vida, cheia de alarmes, trancas de segurança, grades, tiroteio, assaltos... MEDO. Um medo sem fim. Tá, falei tudo isso para chegar na minha opnião que é a seguinte:
No caso do João Hélio a família do menino quando sentiu tamanha dor, tinha a quem recorrer. O pai segurava as pontas da mãe e vice-versa. Mas e agora?
Se tem pai matando filha e filha matando pai (Suzane von Richthofen) , a quem vamos recorrer? Se a família é a nossa base, vamos nos basear em que agora?
O Brasil está pedindo por justiça porque se recusa a se render pra essa "nova" violência.
Afinal, ainda existem boas pessoas, boas famílias, bons pais e bons filhos.
Deixo aqui a minha indignação, tristeza e súplica por um mundo melhor.

Where's the love? WHERE'S THE LOVE?